Projeto:Planejamento Urbano

De Atlas de Laranjal Paulista

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Bem-vindo ao Projeto: Planejamento Urbano de Laranjal Paulista.

Aqui estarei estudando e explicando os instrumentos de planejamento e gestão do uso do solo de Laranjal Paulista.


Introdução

Os principais instrumentos de planejamento e gestão do uso do solo municipal, por ordem do mais abrangente para o mais detalhado, são:

  • Plano Diretor
  • Zoneamento Municipal
  • Plano de Mobilidade
  • Lei de Parcelamento do Solo
  • Lei do Código de Obras
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Opinião:
  1. Costuma-se usar a "falta de verba" como justificativa para não se tomar qualquer medida de planejamento urbano. Então adota-se uma postura fatalista e permissiva, de deixar para um futuro indefinido qualquer ação corretiva ou preventiva.
  2. Planejamento não só serve para corrigir o passado ou investir para o futuro, mas acima de tudo para não deixar a cidade ficar pior já no presente, inclusive quando há escassez de recursos.

Plano Diretor

O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento municipal e expansão urbana.

Foi estabelecido pela Lei nº 2543/2006. Acesso ao material está no link a seguir.

Magnifying glass 01.svg Ver artigo principal: Plano Diretor


Zoneamento Municipal

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Proposta de zoneamento em 2006 (ver Mapas interativos para os atuais)

O Zoneamento é uma lei municipal que define o uso do solo para controlar o crescimento urbano, evitar conflito de usos incompatíveis entre si e com o meio ambiente e prever expansão de vias e serviços públicos. A lei divide a cidade em áreas e define os usos e as medidas mínimas e máximas para ocupação do lote em cada área.

A lei do Zoneamento é a Lei Complementar nº 171/2016 (Lei de Zoneamento e Uso e Ocupação do Solo).


Objetivos específicos

O parágrafo único do Art. 1º lista os objetivos da Lei, os quais podem ser desdobrados (e justificados) assim:

  • Evitar a expansão descontrolada da área urbana, o que aumenta o custo e a manutenção das vias, instalações e serviços públicos;
  • Preservar o meio ambiente: evitar construções em locais impróprios, como loteamento em ribanceiras, áreas inundáveis e ambientalmente frágeis;
  • Preservar funcionalidade e valor imobiliário: evitar construções incompatíveis entre si, como uma casa de shows no meio de uma área residencial, ou uma fábrica ao lado de um clube recreativo;
  • Estimular potencial de uso solo: evitar certas construções em locais com outras vocações, como uma indústria química numa futura área de chácaras ou de exploração turística;
  • Prever áreas para implantação e expansão de instalações públicas, como escolas, creches, postos de saúde etc;
  • Definir medidas mínimas e máximas para ocupação do lote e altura de edifícios para evitar sobrecarga das redes de água e esgoto e sistema viário e garantir salubridade;
  • Controlar a instalação de estabelecimento geradores de poluição, trânsito e ruídos;
  • Dar diretrizes para expansão de novas avenidas para melhorar o trânsito e baratear a circulação de serviços públicos, como ônibus e coleta de lixo.


Macrozonas do Município

Quanto ao uso do solo (Art. 3º), o território do Município é dividido em 4 macrozonas:

  • Macrozona Rural;
  • Macrozona Industrial;
  • Macrozona Urbana;
  • Zonas Isoladas de Expansão Urbana.

E as macrozonas são subdivididas em zonas de uso de ocupação.

A Lei explicitamente diz que regulará o uso do solo nas macrozonas urbana e industrial, enquanto as Zonas Isoladas de Expansão Urbana o serão por lei específica, e delega a macrozona rural às normas federais e estaduais.


Zonas de uso de ocupação

As zonas de uso de ocupação do solo urbano previstas em Lei (a partir do Art. 21) são:

  • ZPR1 - Zona Predominantemente Residencial 1 - para chácaras;
  • ZPR2 - Zona Predominantemente Residencial 2 - para lotes médios;
  • ZPR2 - Zona Predominantemente Residencial 3 - para lotes menores;
  • ZPC - Zona Predominantemente Comercial - para comércio de pequeno e médio porte ao longo das vias principais;
  • ZM - Zona Mista - para comércio e indústrias de médio e grande porte;
  • ZI - Zona Industrial - para indústrias de médio e grande porte;
  • ZIHP - Zona de Interesse Histórico e Paisagístico.


Mapas interativos


Termos técnicos

Abaixo está uma lista de significados. A lista completa está no Art. 2º da Lei do Zoneamento.

Alinhamento
Divisa do lote que dá para a rua.
Área construída
Total de área da construção em todos os pavimentos.
Área livre
Área do terreno não ocupada pela construção.
Área permeável
Parte da área livre que não possui pavimento impermeável, para permitir que a água da chuva infiltre, ajudando a diminuir enxurradas e recarregar o lençol freático.
Coeficiente de Aproveitamento (CA)
Índice de quantas vezes a área do terreno foi convertida em área construída.
Exemplo casa: Terreno de 250,00 m² e uma casa térrea de 150 m² de área construída dá um CA de 0,6. (Cálculo: 150 ÷ 250 = 0,60)
Exemplo prédio: Terreno de 300,00 m² e um prédio de 7 pavimentos de 225 m² cada dá um CA de 5,25. (Cálculo: (7 × 225) ÷ 300 = 5,25)
Núcleo comercial
Área destinada para concentrar comércios e serviços de uma região.
Núcleo institucional
Local destinado para concentrar instalações públicas de uma região.
Portes
Nesta lei, os portes são as classificações das construções pelo tamanho de sua área construída:
Pequeno porte: até 500 m² de área construída;
Médio porte: acima de 500 até 1000 m² de área construída;
Grande porte: acima 1000 m² de área construída.
Residencial em glebas
Condomínio residencial.
Recuo
Espaçamento requerido para que a construção fique afastada de outras construções e da via com o fim de garantir iluminação e ventilação e possíveis ampliações de ruas e avenidas.
Recuo frontal
Espaçamento requerido na frente do lote.
Taxa de Ocupação (TO)
Porcentagem de ocupação da construção sobre a superfície do terreno.
Exemplo casa: Terreno de 250,00 m² e uma casa térrea ocupando 150 m² do terreno dá um TO de 60%. (Cálculo: 150 ÷ 250 = 0,60 → 60%)
Exemplo prédio: Terreno de 300,00 m² e um prédio ocupando 225 m² do terreno dá um TO de 60%. (Cálculo: 225 ÷ 300 = 0,75 → 75%)

Plano de Mobilidade

O Plano de Mobilidade é uma lei que define diretrizes e prioridades para facilitar o deslocamentos de pessoas e bens por meio do transporte público, das vias, das ciclovias e calçadas nas áreas urbanas.

Ela foi estabelecida pela Lei nº 3106/2015 (Lei do Plano Municipal de Mobilidade Urbana).


Lei de Parcelamento do Solo

Lei do parcelamento do solo Para fim urbano - Lei Complementar nº 114/2010.

Áreas mínimas

O Art. 3º da Lei define as porcentagens mínimas para implantação de um loteamento urbano:

  • 20% para viário
  • 10% para área verde
  • 5% para uso institucional ou de lazer.

No caso dos loteamentos de chácaras:

  • 10% viário
  • uso institucional ou de lazer dispensado se houver equipamentos institucionais à 1000 m.


Código de Obras

Código de Obras do Município de Laranjal Paulista - Lei Complementar nº 115/2010.


Outras leis e planos

Há mais outras leis e planos que devem ser articulados com o Plano Diretor:

Planos específicos (até agora encontrados):

  • Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável
  • Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico
  • Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos


Leis federais